Publicado em 21 outubro de 2023.
Árdua Caminhada
Feliz por muitos avanços.
Não satisfeita a deixar,
Um véu anuviar a luta!
Encobrir tempos idos de repressão.
Mary Shelly assina tuas obras
Meu coração grita por todas,
Escritoras amordaçadas…
Forçadas a usar pseudônimo.
Virgínia Wolf, muito obrigada!
Mulheres literárias soltando as amarras.
Clarice, Lígia, Cecília, Cora, Raquel,
Hilda, Carolina, Luisa, Teresa…
Rompendo elos das desigualdades.
Meus olhos vislumbram (ainda) preconceitos.
Conceição, Ana,Elvira, Marias, DJamila…
Michelle, Márcia, Teresa…
Não podem mais ser ignoradas!
Minhas mãos recusam-se a escrever,
Sem expor o histórico da repressão literária.
Opressão, submissão, restrição, intolerância…
Pinceladas de dor ocultas no papel.
Por fim brado esperançosa.
Florbela Espanca fantasmas do nosso passado.
Está mais do que provado,
O feminino agregou valor à literatura.
A mulher não pode mais ser silenciada.