Próxima Parada 

Dependendo do olhar pode estar amanhecendo.

Mas a superfície diz pouco, enquanto ela se recosta nas róseas memórias crepusculares.

Os pertences como flores num vaso, descansam de tantos caminhos. 

O florescer do olhar também repousa, aproveitando o momento.

Sua existência se encontra nesse cartão postal minimalista a sua frente. 

Delicado, sutil, largo como a profundeza do rio de destino indefinido e vagar incessante.

Nesse retorno foram abandonados as preocupações e temores. 

Não há mau tempo no horizonte e sua bagagem a espera, em silêncio.

A jovem mulher está ali,  diante da própria tela.

A ouvir a  canção  interior em nova primorosa versão.

De amor à vida...

<Take on me. Take me on.

I'll be gone. In a day or two…>