Esmeralda

Era alguém de trejeitos líricos e abundância afetiva

O sorriso tímido mimetizava olhos de esmeralda perdidos em esquecimentos...

Preservando o eu camaleão, uma couraça a iluminava. Ou seria um sol?

Como entender a visão desse profundo olhar?

Verde, como a vaga das ondas, refletidas na espuma perolada do véu que cobre seus cabelos

A esconder um mundo infinito, imerso no mistério contido no silêncio dos movimentos da sua dança.

A moça cigana sorri delicadamente, e interdita a origem dos passos que a trouxeram até aqui. Entre nós...

Baila, com a imensa ternura de um destino inacessível ao nosso alcance

Tudo que pode ofertar é o brilho e a beleza de sua presença

Visita efêmera de uma ninfa no baile da vida dos humanos seres

Despertando momentos de sonhos e magias, que se encontram nas batidas dos corações

Que renascem, envoltos em nova música, de imagens há muito perdidas...

< Dance, mon Esmeralda!

mourir pour toi, n’est pas mourir >